Antes de TikTok, Instagram e hashtags patrocinadas, já existia gente com poder de influenciar massas… e não, não estamos falando de uma celebridade da TV. O conceito de primeiro influencer da história é mais antigo do que você imagina e começou bem antes da internet.
Influenciar vem de muito antes das redes sociais
Influenciar é, basicamente, fazer alguém pensar, agir ou consumir de determinada forma por conta da sua opinião ou exemplo. E isso existe desde que o ser humano aprendeu a se comunicar.
Na Roma Antiga, generais e líderes políticos já usavam seu prestígio para apoiar produtos, ideias ou estilos de vida. Mas o primeiro registro claro de influência comercial (como entendemos hoje) aconteceu no século XIX.
Sarah Bernhardt: a atriz que virou marketing

Muitos historiadores de marketing apontam Sarah Bernhardt, atriz francesa famosa no final do século XIX, como a primeira influencer moderna. Estrela de teatro e considerada uma das mulheres mais célebres de sua época, Sarah emprestava sua imagem para marcas de cosméticos, moda e até produtos pouco relacionados ao seu trabalho.
Ela era presença constante em anúncios impressos e usava sua autoridade artística para endossar produtos, algo que antes era raro. O público confiava nela, não só pelo talento, mas pelo estilo de vida glamouroso que representava.
Mas e antes de Sarah Bernhardt?
Se ampliarmos o conceito, alguns estudiosos defendem que o primeiro influencer pode ter sido Josiah Wedgwood, ceramista britânico do século XVIII. Ele produziu louças para a realeza britânica e usou essa conexão para promover seus produtos ao público. Basicamente, inventou o “marketing de autoridade”.

Ao anunciar que sua porcelana era usada pela rainha, Wedgwood criava desejo imediato.
Era uma estratégia genial: associar um produto a uma figura admirada e confiável.
Por que eles foram pioneiros? Primeiro influencer da história
Porque, em ambos os casos, usaram algo além da propaganda tradicional: a conexão emocional e aspiracional com o público.
Isso é a base do marketing de influência até hoje.
Assim como influencers digitais atuais, eles:
- Associavam produtos ao estilo de vida que representavam.
- Criavam autoridade e confiança no público.
- Estabeleciam tendências.
Do palco ao feed: a evolução do influencer
Do século XIX até agora, a forma de influenciar mudou, mas a essência continua a mesma.
Hoje, as redes sociais deram escala global ao que antes era restrito a jornais e eventos presenciais.
O que Sarah Bernhardt fazia em cartazes de teatro, hoje acontece em Stories e Reels.
O que Wedgwood fazia com a chancela da realeza, hoje se traduz em colaborações com marcas e produtos licenciados
A lição que o primeiro influencer deixa
Seja qual for o nome que você escolha dar — Sarah Bernhardt, Josiah Wedgwood ou outro pioneiro — a mensagem é clara: influenciar é criar desejo por meio de conexões humanas.
E no marketing, quem entende isso está sempre um passo à frente.
📚 Fontes:
- BBC – The surprising history of influencers
- Smithsonian Magazine – How Josiah Wedgwood transformed marketing
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