Vamos começar nossa aventura falando sobre: Psicologia das Cores no Marketing: Por que Amarelo Dá Fome?
Você já reparou como as maiores redes de fast food do mundo insistem na mesma paleta de cores? Vermelho e amarelo estão por toda parte: nas fachadas, nas bandejas, nas embalagens. Pode parecer coincidência, mas é puro cálculo psicológico.
Tem algo nessas cores que, sem a gente perceber, acende uma luz no cérebro dizendo: “ei, bora comer?”. E o marketing sabe disso há décadas.
Cores também têm gosto
A chamada psicologia das cores é um campo que analisa como diferentes tons afetam nosso comportamento. E apesar de não ser uma ciência exata, ela influencia sim decisões do dia a dia. Segundo a revista Psychology Today, as cores podem impactar emoções, memórias e até sensações físicas. Fonte.
No mundo do consumo rápido, o amarelo funciona como um alerta amigável: chama atenção, transmite calor e felicidade. Já o vermelho é mais intenso — acelera os batimentos, estimula a ação. Juntos, formam o combo perfeito para deixar seu cérebro em “modo lanche”.
Por que o McDonald’s é amarelo?
Porque funciona. E não só pra eles. Subway, Bob’s, Giraffas, Habib’s… todas embarcaram na mesma lógica cromática. Em um estudo da Colorcom, descobriu-se que os consumidores levam menos de 90 segundos para formar uma opinião sobre um produto — e até 90% dessa decisão pode ser baseada só na cor. Fonte.
No caso da comida, o amarelo ativa a área do cérebro ligada ao prazer e à recompensa. A gente associa com sol, calor, felicidade, e claro… fritura.
E quando a comida é mais gourmet?
Restaurantes mais sofisticados raramente usam amarelo. O jogo muda. Marrom, verde e até preto ganham espaço. Eles não querem só te deixar com fome, mas te convencer de que ali é lugar de experiência, não só de sustância.
O verde remete ao natural, orgânico, saudável. O preto dá o tom de exclusividade. O marrom passa uma ideia de aconchego, comida de verdade, feita com calma.
Spoiler: o azul não combina com fome
Se o amarelo dá fome, o azul tira. É a cor menos usada no marketing de alimentos. A explicação é simples: nosso cérebro não associa azul a comida. Tirando o mirtilo (que é mais roxo do que azul, convenhamos), não tem muita coisa azul no prato do dia a dia.
Segundo a Journal of Sensory Studies, tons frios como azul e roxo reduzem o apetite em ambientes controlados. E isso explica por que marcas como iFood, Rappi, Uber Eats fogem dessa paleta.
O marketing come com os olhos
No fim das contas, a gente acha que escolhe o que comer — mas muitas vezes só está respondendo a estímulos visuais. O amarelo foi escolhido porque funciona. Porque vende. Porque desperta fome antes mesmo do cheiro chegar.
E talvez a maior prova disso seja você, aqui agora, lendo sobre isso e pensando em pedir um lanche.