As 5 maiores descobertas da astronomia em julho de 2025 (e por que elas vão mexer com a sua cabeça)
Se você acha que julho é só mês de frio e férias, a galera da astronomia veio pra te mostrar que o universo tá mais agitado que sua timeline. Julho de 2025 trouxe uma enxurrada de descobertas espaciais de tirar o fôlego — algumas inéditas, outras que desafiam o que achávamos saber sobre buracos negros, planetas, estrelas e até… visitantes interestelares.
Prepare o telescópio (ou só role pra baixo mesmo), porque essas cinco descobertas vão fazer você olhar pro céu com outros olhos.
1. O cometa interestelar 3I/ATLAS passa pelo Sistema Solar
No comecinho de julho, os astrônomos do projeto ATLAS, sediado no Havaí e no Chile, anunciaram a detecção de um novo visitante de fora do Sistema Solar: o cometa 3I/ATLAS (C/2025 N1). Trata-se do terceiro objeto com origem confirmadamente interestelar — ou seja, não nasceu por aqui.

O cometa surpreendeu pela velocidade e pela trajetória hiperbólica, indicando que está apenas “de passagem”. Mais impressionante ainda foi a imagem capturada pelo telescópio Hubble em 21 de julho, mostrando uma coma bem desenvolvida, com composição ainda em análise.
📚 Fonte: NASA – Planetary Defense Blog
2. A maior fusão de buracos negros já registrada
No dia 13 de julho, os consórcios LIGO, Virgo e KAGRA divulgaram um resultado bombástico: a detecção de uma onda gravitacional causada pela maior fusão de buracos negros já observada.
Dois buracos de 100 e 140 massas solares colidiram, formando um monstro com cerca de 225 massas solares. Isso não só quebra recordes como também traz novas pistas sobre os chamados buracos negros de massa intermediária, que antes pareciam improváveis.
Esse evento abre uma nova janela para o estudo da formação desses corpos extremos e confirma que o universo é um lugar bem mais barulhento do que a gente imaginava.
📚 Fonte: The Wall Street Journal
3. Um planeta gigante flagrado no exato momento de seu nascimento
O mês também marcou uma conquista visual impressionante. Usando o Very Large Telescope (VLT), no Chile, astrônomos conseguiram observar diretamente um planeta gigante em plena formação.
O sistema é o HD 135344B, localizado a 440 anos-luz da Terra. Dentro do disco de gás e poeira da estrela, foi detectado um planeta com aproximadamente o dobro da massa de Júpiter. A imagem mostra o exato momento em que ele esculpe espirais no disco — algo que até então só era simulado por computador.

Esse tipo de observação direta é raríssima e valida modelos teóricos sobre como os planetas gigantes se formam.
4. Novo planeta anão desafia a hipótese do Planeta Nove
Lá nas bandas mais distantes do Sistema Solar, além de Plutão, surgiu um novo sednoide: o objeto 2023 KQ14, apelidado de Ammonite. Ele foi divulgado em julho por astrônomos que publicaram o achado na revista Nature Astronomy.
Ammonite é um planeta anão com órbita altamente excêntrica, semelhante a outros corpos como Sedna. Seu movimento levanta dúvidas sobre a existência do famoso (e até agora não confirmado) Planeta Nove — uma massa hipotética que estaria afetando a órbita de diversos objetos transnetunianos.
Essa descoberta reforça a ideia de que ainda conhecemos muito pouco sobre os confins do nosso quintal cósmico.
5. Mais de 10 mil sistemas binários eclipsantes catalogados
Você sabe o que é um sistema binário eclipsante? São estrelas que orbitam uma à outra e, de tempos em tempos, se ocultam parcialmente do nosso ponto de vista — tipo um eclipse estelar.
Em julho, o projeto Eclipsing Binary Patrol, em parceria com a missão TESS da NASA, bateu um marco: 10.001 sistemas desse tipo identificados, sendo mais de 8.000 completamente inéditos.
Essas descobertas são fundamentais para entender a evolução estelar, a massa das estrelas, suas órbitas e até prever possíveis supernovas.
📚 Fonte: Wikipedia – 2025 in Science
E ainda teve espetáculo no céu
Além das descobertas científicas, julho foi um mês visualmente especial:
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Plutão ficou em oposição entre os dias 24 e 25, proporcionando o melhor momento do ano para observá-lo com telescópios médios.
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A chuva de meteoros Delta Aquarídeos e os Alfa Capricornídeos brilharam intensamente no céu noturno entre os dias 29 e 30, com até 25 meteoros por hora visíveis no hemisfério sul.
O universo não para; e nem a ciência
Julho de 2025 provou que ainda sabemos pouco sobre o que está rolando acima das nossas cabeças. De objetos vindos de outras galáxias a planetas nascendo diante de nossos olhos, o cosmos continua surpreendendo.
E se tudo isso aconteceu em só um mês, imagina o que vem por aí nos próximos?
Continue ligado no PubliCurioso: aqui a gente olha pro céu com senso crítico, um toque de humor e muita vontade de descobrir o que vem depois das estrelas.